Pegada Acadêmica

2020

Resumo do projeto

O presente projeto é uma ação vinculada ao Programa de extensão GAUPUC - Grupo de Apoio ao Uso Público em Unidades de Conservação - jornada 2020, e como tal tem como objetivo contribuir para o fortalecimento da visitação em unidades de conservação do Rio Grande do Sul. Tendo como princípio que o fortalecimento do uso público em unidades de conservação promove a revalorização dessas áreas junto a sociedade, o presente projeto tem o objetivo de prospectar e divulgar artigos científicos produzidos sobre o tema, de modo a gerar maior interesse no público alvo, em especial nos estudantes, de modo que mais pessoas tenham acesso rápido e fácil a tais conteúdos. O material será divulgado nas mídias sociais (Instagram e Facebook), de acordo com os padrões destas mídias, de forma a tornar a divulgação mais leve e atrativa ao publico, mesmo que este não seja necessariamente acadêmico.


ARTIGOS

(Clique nos títulos para acessar os artigos completos)

Prof. Dr. Luiz Renato Vallejo

Resumo:

O artigo apresenta informações básicas sobre o uso público em áreas protegidas, entendido como prática de visitação com objetivos educativos, esportivos, recreativos, científicos e de interpretação ambiental, que dão ao visitante a oportunidade de conhecer, entender e valorizar os recursos naturais e culturais existentes. O uso público tem como referência o envolvimento de três grupos de atores representados pelos gestores, visitantes e prestadores de serviços. Neste último grupo foi incluída a participação voluntária, movimento que vem crescendo ao longo dos anos e que presta serviços à conservação de várias áreas naturais protegidas. O uso público gera benefícios pessoais, sociais, econômicos e ambientais, desde que devidamente planificado e gerenciado. As atividades também produzem riscos e causam diversos impactos negativos sociais e ambientais, podendo comprometer características das áreas e da própria visitação. Destacou-se a aplicação do sistema denominado Limite Aceitável de Câmbio (LAC) que racionaliza o uso através da escolha de indicadores de impacto, seleção de ações de manejo e monitoramento contínuo. Entretanto, ainda existe uma grande lacuna em relação às condições de infraestrutura das áreas protegidas no Brasil, que afeta a consolidação territorial, em geral, e o uso público, em particular. A despeito do fato, tem-se observado avanços que trazem boas perspectivas para o futuro.


Palavras chave: Áreas protegidas; uso público; planejamento e gestão

Link do artigo: https://periodicos.uff.br/uso_publico/article/view/28674/16633

Suelen Bellinassi, Ana Carolina Pavão e Eliana Cardoso-Leite

Resumo:

Apenas a criação de uma Unidade de Conservação (UC) não garante a proteção dos seus recursos naturais. É preciso uma boa gestão com a participação efetiva de todos os envolvidos. Situação fundiária indefinida, conflitos com populações humanas dentro das UCs, escassez de recursos humanos e financeiros, instabilidade política das agências de meio ambiente, entre outros, são os principais problemas relacionados à baixa efetividade da gestão das UCs. Com o objetivo de se conhecer melhor a realidade de UCs e as dificuldades para sua gestão e uso público, foi realizada uma pesquisa com oito Parques Estaduais de São Paulo e cinco Parques Nacionais. Foi enviado um questionário com perguntas abertas aos endereços eletrônicos de cada UC. A maioria dos gestores dos parques afirmou ter programa de visitação estruturado, utilizando principalmente trilhas interpretativas como principal atrativo. Em geral, as atividades oferecidas aos visitantes visam o ecoturismo e a educação ambiental. A falta de conscientização da população é apontada pelos gestores como responsável pela degradação dos recursos naturais. As comunidades do entorno consideram a Unidade como algo positivo, mas se queixam das medidas restritivas. A situação fundiária não resolvida também é apontada como entrave à efetividade dos programas de uso público. Cinco gestores indicaram que suas UCs não cobram entrada. A arrecadação e gerenciamento desta verba pela própria UC seria uma alternativa interessante de captação de recursos e melhoria nos programas de uso público. Deve partir do Estado iniciativas relacionadas àdivulgação da função e proteção dessas áreas, buscando aliados que atuem como agentes multiplicadores nas comunidades do entorno, diretamente relacionadas às UCs, bem como em outros segmentos da sociedade, para que a conservação não fique restrita apenas à comunidade científica, mas passe a ser também compreendida e praticada por todos.


Palavras chave: Áreas protegidas; Uso Público; Gestão Ambiental.

Link do artigo: https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/5918/3781

Douglas de Souza Pimentel

Resumo:

Os parques são icônicos na discussão sobre a conservação da biodiversidade aliada a visitação dessas áreas protegidas. O presente artigo tem por objetivo discutir os conceitos e atividades relacionadas ao uso público em unidades de conservação (UCs). O uso público é conceituado como o uso indireto dos recursos ambientais nas diferentes formas de visitação de uma UC e, portanto, deve sempre ser orientado pelos preceitos da sustentabilidade e mitigação de impactos. Assim, a pesquisa científica, a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza, bem como o turismo ecológico são classificados como uso público. Porém essas atividades causam impactos ambientais negativos, que devem ser monitorados e manejados. O Grupo de Estudos Interdisciplinares da UERJ vem estabelecendo parcerias com o Museu de Arqueologia de Itaipu, o Parque Estadual da Serra da Tiririca e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos para o desenvolvimento de atividades de ensino e pesquisa com o intuito de fomentar a educação ambiental e o monitoramento de impactos. Frente aos conceitos e experiências apresentadas o artigo aponta as vantagens do estabelecimento de parcerias entre os gestores do uso público de parques e a universidade.


Palavras chave: Uso público; arques; colaboração; interdisciplinaridade; manejo.

Link do artigo: https://periodicos.uff.br/uso_publico/article/view/28675/16634

Edileuza Dias de Queiroz e Luiz Renato Vallejo

Resumo:

O estabelecimento de Unidades de Conservação (UCs) representam uma das formas de (re)ordenamento territorial e ambiental, visto que estes territórios têm como um dos seus princípios “reduzir as perdas da biodiversidade face à degradação ambiental imposta pela sociedade” (Vallejo, 2002). Mas, a sua criação legal não significa e resolução dos problemas relacionados à degradação ambiental. Políticas públicas e investimentos são necessários para que as UCs possam, efetivamente, cumprir os objetivos propostos. Este texto apresenta uma reflexão importante acerca do uso público nesses territórios, contribuindo para discussões acerca da temática.


Palavras chave: Conservação Ambiental; Unidades de Conservação; Uso Público

Link do artigo: https://periodicos.uff.br/uso_publico/article/view/28741

Celson Roberto Canto-Silva e Jordana Santos da Silva

Resumo:

Propósito do tema: O uso público em Unidades de Conservação (UCs), principalmente através da visitação, pode trazer benefícios diretos e indiretos à sociedade. Os Parques constituem-se em áreas muito favoráveis à visitação, podendo proporcionar aos visitantes a oportunidade de conhecer, entender e valorizar os recursos naturais e culturais existentes nessas áreas e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico local. O conhecimento do panorama em que se dá a visitação nos Parques brasileiros, assim como da condução de visitantes, importante atividade no ordenamento dessa visitação, é de fundamental importância para a gestão do uso público crescente nessas áreas e para a avaliação do impacto da atividade nas comunidades locais. Objetivo: O presente trabalho objetivou, através de uma pesquisa documental e do levantamento de informações junto aos gestores das UCs, contribuir com informações sobre a visitação atual nos Parques brasileiros e sobre a condução de visitantes nessas áreas. Metodologia e abordagem: A pesquisa documental foi baseada nos dados do Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC) e as informações junto aos gestores foram obtidas através de questionário elaborado e enviado a estes através da ferramenta Google.docs. Resultados: Com base no CNUC, apenas 33,42% dos Parques estão abertos à visitação. O maior percentual de unidades abertas à visitação é observado entre os parques geridos pela esfera federal (45,07%) ou municipal (44,55%), assim como entre aqueles localizados nos biomas Caatinga (40,00%) ou Mata Atlântica (38,91%). Em relação às informações fornecidas pelos gestores dos Parques, evidencia-se que o número anual de visitantes predominante nestes é superior a 10.000 (46,88%), que os condutores locais atuam de forma exclusiva em 52,13%, estando presentes em 81,25% deles, e que em 39,06% das áreas a atuação dos condutores de visitantes é feita de forma associativada. Originalidade: Apesar do incremento do número de visitantes, a proporção de Parques com visitação, pelo menos no que diz respeito aos Nacionais e Estaduais, não se alterou nos últimos 10 anos. Os condutores locais têm um papel protagonista na condução de visitantes nos Parques brasileiros. A atuação coletiva dos prestadores de serviço de condução de visitantes é uma realidade em pouco mais de um terço dessas áreas.


Palavras chave: Visitação. Unidades de Conservação. Parques. Condutores de visitantes.

Link do artigo: https://rbtur.org/rbtur/article/view/1286

Camila Gonçalves de Oliveira Rodrigues e Fernando Luiz Abrucio

Resumo:

A participação privada na prestação de serviços de apoio ao turismo em parques é estimulada por órgãos ambientais de diversos países como uma estratégia para aprimorar a implementação dessas áreas. O objetivo deste artigo é analisar os principais aspectos que orientam o planejamento, a implementação e o monitoramento das parcerias entre as esferas pública e privada, com ênfase nas concessões e nas iniciativas no âmbito federal e nos estados de Minas Gerais (MG), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). A partir de análise de referencial teórico-conceitual sobre valores públicos nas parcerias e uma abordagem qualitativa junto aos gestores, foram identificados alguns aspectos analíticos para subsidiar a compreensão sobre esse modelo de gestão. A possibilidade de avanço na gestão dos parques por meio de parcerias depende de características da governança estabelecida por meio de três elementos principais: a transparência, de modo a aumentar a capacidade de os reguladores e a sociedade controlarem o desempenho; a criação de uma comunicação eficaz, que estimule a confiança entre os setores envolvidos; e a participação social, que fortalece a accountability e aumenta a legitimidade do processo.


Palavras chave: Turismo; Concessões; Regulação; Áreas protegidas

Link do artigo: https://www.rbtur.org.br/rbtur/article/view/1575

Izadora Flores Rech, Luís Fernando Carvalho Perello e Celson Roberto Canto-Silva

Resumo:

O uso público de uma área protegida está associado ao processo de visitação que pode se manifestar em atividades educativas, de lazer, recreativas e de interpretação ambiental, desde que não afetem negativamente os objetivos de conservação da área visitada. No Rio Grande do Sul mais da metade das 23 Unidades de Conservação (UC) estaduais são Parques, categoria que privilegia o uso público. O Programa de Uso Público visa ordenar a presença humana no interior da UC, prevendo turismo, educação e interpretação ambiental. Este trabalho teve por objetivo diagnosticar a realidade dos programas de uso público dos parques estaduais do Rio Grande do Sul, conhecendo a percepção dos gestores dessas áreas quanto às atividades desenvolvidas e a eficácia de cada programa. Oito parques estaduais que já contam com plano de manejo foram estudados. A falta de funcionários é apontada por todos os gestores como sendo o fator responsável pelo fato de sete parques estaduais não receberem visitantes. Mais da metade das ações propostas nos programas de uso público não estavam efetivadas quando da realização do estudo.


Palavras chave: Ecoturismo/ Visitação; Unidades de Conservação.

Link do artigo: https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/6657